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"Um homem que dorme tem em círculo à sua volta o fio das horas, a ordem dos anos e dos mundos. Consulta-os instintivamente ao acordar, e neles lê num segundo o ponto da terra que ocupa, o tempo que decorreu até ao seu despertar; mas as respectivas linhas podem misturar-se, quebrar-se." Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido



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domingo, dezembro 12, 2004

Investimento estrangeiro: Recessão vs. retoma portuguesa


Durante o quinquénio 2000-2005 a economia portuguesa registará apenas um crescimento de 0,8%, de acordo com os dados do Banco de Portugal. Preocupante? Sem dúvida, sabendo que a média europeia está nos 1,4%.
No entanto, o problema já vem de trás, porquanto, na última década, as transformações operadas na economia portuguesa (Portugal é um dos países da Coesão) ficaram muito aquém das exigidas pela adesão ao Euro.

Senão vejamos, para além dos dados pouco animadores aqui (cujos comentários são de ler), em matéria de Investimento Estrangeiro:

a) O Investimento empresarial realizado em Portugal (em termos percentuais) tem tido nos últimos quatro anos, um crescimento real negativo - aqui temos os números desde 1995, para efeitos comparativos

1995 > -1 %
1996 > -2 %
1997 > +13 %
1998 > +2 %
1999 > +29 %
2000 > -9 %
2001 > -12 %
2002 > -21 %
2003 > -9 % (subida explicada pela depreciação do dólar relativamente ao euro)
2004 > -8 %

b) Por seu lado, o saldo do Investimento Directo Estrangeiro (ID), igual ao saldo do ID entrado menos o saldo de ID no exterior, é um dos maiores registado nos últimos 15 anos. Assim,

1990 - 1994 > + 2 milhões de dólares
1995 - 1999 > - 1 milhão de dólares
2001 - 2003 > - 2 milhões de dólares (veja-se que isto reflecte o facto de o ID exterior em Portugal ter sido de 6,6 milhões de euros e de o ID de Portugal no exterior ter sido de 8,5 milhões de euros).

Em suma, em termos de investimento estrangeiro sai mais riqueza do que entra - isto continuará até quando? Não vemos fim a isto, fundamentalmente com a recente adesão dos países de leste. Assim, as assimetrias regionais irão acentuar-se e a aposta de ID externo terá que ser efectivada através de uma maior e mais eficiente contratualização e pelo alargamento do campo dedicado às ajudas fiscais internas que não colidam com o regime comunitário dos Auxílios de Estado. Para quando a retoma efectiva? Ou melhor, em que momento esta deveria ter sido provocada?

(Sobre os dados fornecidos, ver Francisco Melro, "Economia Portuguesa afasta-se da Europa", in Anuário da Economia Portuguesa 2004, n.º XVII, págs. 9-14)


Guilherme Oliveira Martins | domingo, dezembro 12, 2004 |

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